by SINDESV-DF | 18/10/2021 8:39
O Governo do Distrito Federal (GDF)[1] foi oficiado pelo Sindicato dos Funcionários em Estabelecimento de Saúde (SindSaúde) a criar o batalhão hospitalar nas unidades públicas da Secretaria de Saúde.
Em documento encaminhado ao governador Ibaneis Rocha (MDB)[2], a entidade solicita medidas enérgicas a curto e médio prazos para findar a onda de violência[3] vivida por profissionais da saúde dentro das estruturas públicas locais.
A ideia é disponibilizar policiais militares treinados para assegurar a proteção não apenas dos servidores públicos, mas dos próprios pacientes e frequentadores das unidades de saúde. A proposta se assemelha ao Batalhão Escolar, criado em 1989 pela Polícia Militar (PMDF)[4]. “Na saúde, especialmente nos locais de emergência e urgência, os servidores trabalham em um clima de constante pressão. A ideia apresentada ao GDF é de um batalhão treinado constantemente para assegurar o exercício da função pública do trabalhador da saúde, garantindo proteção dos pacientes e acompanhantes, bem como assegurar assertividade no fluxo de atendimento dos locais”, argumenta a presidente da entidade, Marli Rodrigues.
Para a sindicalista, a curto prazo, a reivindicação também poderá ser atendida com o aumento de postos de vigilância em hospitais, unidades básicas (UBS), postos e centros de saúde.
Onda de violência
No fim de setembro, um homem de 70 anos bateu no rosto de uma técnica de enfermagem na UBS nº1 de Vicente Pires[5]. Apesar do ocorrido, o agressor está solto.
Em outro caso, no início do mês, um paciente ameaçou servidores e vigilante da UBS de Santa Maria[6] após ser informado de que seu caso não poderia ser tratado naquela unidade.
Ainda no início de outubro, outra servidora foi agredida fisicamente e verbalmente no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps). Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil (PCDF) e a vítima chegou a passar por exames no Instituto Médico Legal (IML). “Não é justo que trabalhadores que dedicam suas vidas para a população sejam agredidos. Muitas vezes o servidor que está na ponta do atendimento sofre as consequências de problemas estruturais que não estão em sua responsabilidade, fatores sociais e particulares, ou ainda, são pressionados em decorrência da falta de informação dos pacientes sobre o fluxo de atendimento na rede pública. É preciso proteger os servidores”, sustentou Marli.
Fonte: Metrópoles
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