by admin | 12/07/2016 17:34
O Sindicato dos Vigilantes do DF (SINDESV-DF) entrará com denúncia no Ministério Público do Trabalho contra a empresa GSI por descumprimento de Cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O sindicato reivindica que a GSI, que presta serviços de vigilância para a Cobra Tecnologia, recontrate 12 vigilantes demitidos injustamente.
Segundo o secretário de Políticas Sociais do SINDESV-DF, Florismar Araújo, a GSI está descumprindo a cláusula 34 da CCT da categoria, que trata da garantia dos empregos. Com esta cláusula, fica assegurado que, em caso de nova licitação ou contrato de prestação de serviços, a nova contratada deverá manter os empregados da empresa anterior.
Os trabalhadores que foram demitidos eram ligados a Katana Segurança, empresa que possuía contrato com a Cobra Tecnologia anteriormente. Com o fim do contrato, a Cobra contratou os serviços da GSI, que descumpriu a cláusula da CCT, e demitiu os 12 trabalhadores.
A empresa alega que os vigilantes não foram readmitidos porque não possuem o curso de armas não letais. Os representantes patronais ainda afirmam que, além do curso, é preciso dois anos de experiência com uso deste tipo de arma.
Entretanto, de acordo com Florismar Araújo, a demissão é injustificável, pois este curso específico não é exigido para atuar como vigilante. Mesmo assim, esses trabalhadores possuíam experiência de 11 meses com armas não letais do contrato anterior.
Para o dirigente esta situação é revoltante. “A empresa está descumprindo a cláusula e a contratante (a Cobra) é conivente. É um absurdo demitir pais e mães de família desta forma. Atualmente, vivenciamos uma onda de demissões de vigilantes, por isso, devemos nos unir para garantir nossos direitos”, disse.
No dia 6 de julho, uma reunião entre sindicato e GSI foi realizada para tentar solucionar o impasse, porém não houve avanço. Paralelamente a este encontro, vigilantes realizaram manifestação de protesto diante da empresa. Segundo os dirigentes do SINDESV-DF, caso a denúncia ao MPT não resolva o problema, o sindicato entrará com uma ação judicial.
Fonte: CUT Brasília
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