by admin | 14/04/2016 11:13
Cansada das humilhações promovidas por dois superiores, uma vigilante que trabalha na Unidade de Saúde Bucal do Hospital Universitário de Brasília (HUB) decidiu denunciar os episódios de assédio moral que sofre há cerca de um mês. Segundo Maria*, 44 anos, coordenadores da segurança do local a discriminam pelo fato de ela ser mulher. Nesta quarta-feira (13/4), depois de nova investida, ela teve uma crise de choro e passou mal em um dos banheiros da unidade.
De acordo com a funcionária, o assédio é praticado por dois funcionários do setor em que ela trabalha e teve início quando Maria e uma outra colega foram transferidas do Ambulatório I para a Unidade de Saúde Bucal do HUB. “Quando fomos apresentadas como as novas vigilantes da seção, esses dois funcionários disseram que não queriam mulheres aqui”, afirma.
Desde então, os dois têm intimidado as vigilantes na tentativa de desestabilizá-las psicologicamente. Em uma ocasião, apesar de Maria ser responsável por zelar apenas pelo patrimônio do hospital, os dois funcionários reclamaram publicamente das vigilantes por elas não terem impedido furtos a carros no estacionamento do HUB, função pela qual não são responsáveis. “Eu comecei a me sentir um lixo, como se fosse nada”, desabafa.
Nesta quarta-feira (13/4), após ouvir um comentário de que seria “devolvida” ao local em que trabalhava anteriormente, a funcionária desabou. “As coisas foram se acumulando dentro de mim até que hoje eu não consegui mais suportar”. Maria teve de ser auxiliada por outros funcionários do hospital e foi atendida por uma psicóloga que, de acordo com a mulher, confirmou a ela que os episódios constituem assédio moral.
Após o ocorrido, Maria registrou uma reclamação na Ouvidoria do HUB e espera que as investidas contra ela e a companheira de trabalho parem. “Isso é um absurdo, ninguém é obrigado a trabalhar desse jeito. Pretendo correr atrás disso até o fim”, diz.
A assessoria de imprensa do HUB confirmou o recebimento da queixa na Ouvidoria e afirmou que a ocorrência foi encaminhada para a chefia da área. Ainda segundo o hospital, o órgão tem até 20 dias para encaminhar uma resposta à funcionária.
*Nome fictício a pedido da entrevistada
Fonte: metropoles.com
O Sindicato dos Vigilantes do DF está prestando todo o apoio psicológico e jurídico às nossas companheiras para que elas possam continuar lutando pelo direito de trabalhar sem ser discriminadas pelo fato de serem mulheres.
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