by SINDESV-DF | 27/12/2022 8:04
Vigilantes contratados pela empresa Visan, para a proteção de órgãos públicos brasilienses e do governo federal, denunciam um atraso generalizado de pagamentos[1] por parte dos empregadores. O trabalhadores protestaram nesta segunda-feira (26/12). Em alguns casos, os atrasos chegam há 1 ano.
Veja o protesto:
Segundo o Sindicato dos Vigilantes[3] do Distrito Federal, mais de mil profissionais são afetados. De acordo com a instituição, há atrasos de direitos trabalhistas referente a demissões, salários, férias, cobertura de férias e benefícios.
Aproximadamente 40 vigilantes demitidos não receberam os pagamentos devidos. Pelas contas do sindicato, mais de 300 profissionais escalados para a Secretaria de Saúde do DF[4] estão entre os prejudicados.
Há casos de três meses de atraso de tícket alimentação e férias, desde outubro. Para o sindicato, há um problema crônico na cobertura do descanso anual remunerado, com atrasos de mais de um ano. “Nós calculamos uma dívida de aproximadamente R$ 2 milhões somando todos os vigilantes. Tem vigilante esperando o pagamento de R$ 30 mil por cobertura de férias”, contou o diretor do sindicato Gilmar Rodrigues.
Segundo o sindicato, o Ministério Público do Trabalho (MPT) identificou a contratação irregular de vigilantes do quadro efetivo para a cobertura de férias. Por isso, em agosto, a Visan teria escalado um quadro de 160 profissionais para a cobertura.
Por enquanto, os vigilantes escolheram apenas protestar e denunciar as supostas irregularidades, mas não descartam futuramente convocar uma assembleia e deflagrar uma greve.
O Metrópoles entrou em contato com a Visan. Segundo a diretoria, a empresa está empenhada em resolver a questão das rescisões rapidamente. Os primeiros pagamentos estão previstos para esta segunda-feira (26/12).
Segundo o advogado Luiz Egidio, representante da Visan, as demais denúncias do sindicato não procedem. “A empresa, de fato, tem encontrado algumas dificuldades, contudo, os problemas se restringem a alguns funcionários”, afirmam.
De acordo com o defensor da empresa, os atrasos mencionados decorrem, quase em sua totalidade, ao atraso no repasses das verbas pelos tomadores de serviço. “E também, em decorrência de problemas ocasionados pela pandemia, em especial, por força da necessidade imprevisível de coberturas”, completou.
Na versão da empresa, as coberturas não foram repassadas pelos tomadores, o que teria gerado um desequilíbrio de caixa. A Visan alegou que o problema está sendo solucionado.
Segundo a Secretaria de Saúde, os pagamentos com a Visan estão em dia. A pasta vai apurar se há eventual atraso de repasse de salários e benefícios aos funcionários.
“Caso seja constatada alguma irregularidade, a SES vai aplicar penalidades previstas em contrato”, disse a pasta, em nota enviada ao Metrópoles.
Fonte: Metrópoles
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