by admin | 08/01/2016 15:03
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Esta foi uma Campanha Salarial diferente das de anos anteriores, pois a categoria estava extremamente preocupada com a tal crise e já acreditava que não teríamos reajuste salarial, uma vez que outras categorias no DF e no Brasil ficaram com reajuste zero ou índice muito abaixo da inflação.
Desde o início da nossa Campanha Salarial a direção do Sindicato dos Vigilantes não se deixou intimidar por qualquer choradeira patronal e muito menos chantagem de crise e se manteve firme de que não arredaríamos pé de uma proposta que apontasse para reposição da inflação do período mais ganho real. Audácia da direção? De forma alguma. Sempre soubemos da força do Sindicato e da categoria para os enfrentamentos e, caso houvesse necessidade, até para uma greve. O fato é que não sairíamos de mãos abanando dessa Campanha Salarial.
Foram mais de 10 rodadas de negociação em que pouco se avançou, mas tivemos paciência para negociar primeiro as cláusulas sociais, avançando a cada reunião com os patrões e quando chegou a Assembleia do dia 17/12, realmente não havia qualquer proposta econômica por parte dos empresários. Então a categoria aprovou uma nova assembleia para o dia 12/01, já em estado de alerta, pois este era o prazo final para que fosse apresentada uma proposta decente. Mas não tivemos que esperar tanto pois com a continuidade das negociações, conseguimos arrancar uma proposta faltando apenas dois dias para acabar o ano de 2015. Então chamamos uma Assembleia de emergência para o dia 29/12 e os vigilantes aprovaram a proposta patronal por unanimidade, sem nenhum voto contrário ou de abstenção.
Mais uma vez mostramos que a nossa unidade, mobilização e histórico de lutas foram fundamentais para mais essa vitória. Estão todos de parabéns: a categoria sempre combativa e com disposição de luta, a direção do Sindicato sempre firme nas rodadas de negociação e o companheiro Chico Vigilante com seu apoio imprescindível.
Vamos em frente que 2016 está apenas começando, novos desafios serão colocados para todos nós e estaremos firmes para defender as conquistas e os direitos de todos os vigilantes.
Mais uma vez os empresários tentaram emplacar a figura do vigilante horista e mais uma vez enfrentaram a negativa da direção do Sindicato, pois isto significa que muitos vigilantes trabalhariam algumas horas, folgavam outras tantas, voltavam mais algumas horas e no final do mês podiam receber até o salário mínimo dependendo do quanto tivesse trabalhado. Enxotamos com firmeza e determinação essa horrenda proposta para bem longe da categoria.
Há tempos atrás toda vez que havia uma licitação e a mudança da empresa, os vigilantes eram sumariamente demitidos, o que desempregava muitos pais e mães de família. A rotatividade no setor de segurança privada era constante e dificultava até o trabalho do Sindicato e a sua estrutura, pois sempre estávamos correndo para filiar os novos vigilantes que entravam no setor e muitos dos demitidos não conseguiam mais colocação no mercado como vigilante.
Outro problema grande era o apadrinhamento político. Vigilantes eram demitidos a pedido de políticos para colocar seus apadrinhados no lugar, pessoas que nada tinham a ver com segurança privada, mas que o tal político havia prometido de arrumar emprego. Isto também prejudicava a imagem da categoria com esses apadrinhados que nem sempre prestavam um bom serviço.
Felizmente tudo isso acabou quase que totalmente quando conquistamos a cláusula da continuidade, que consiste na contratação dos vigilantes que já estavam em determinado posto de serviço quando a sua empresa perde uma licitação e a outra assume. Ao longo dos anos, durante as nossas campanhas salariais as empresas têm feito de tudo para tirar essa cláusula, mas nós não permitimos e esta é uma conquista da qual jamais abriremos mão, pois ela vem salvando o emprego de muitos pais e mães de família.
Veja como ficou a tabela salarial com os reajustes AQUI >>>[1]
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