by admin | 20/04/2017 10:44
Em assembleia no dia 18 de abril de 2017, dez mil trabalhadores da vigilância reuniram-se no CONIC e aprovaram as pautas da greve. Com a data-base em janeiro e cerca de seis meses de negociações chegaram a um acordo quanto ao salário, ao tíquete alimentação, ao reajuste da inflação e à manutenção do plano de saúde que o patronato queria suprimir. Entretanto, a Convenção não foi assinada em razão de uma Cláusula na Convenção que PROÍBE OS HORISTAS.
Horistas são trabalhadores que não recebem salário mensal, recebendo salário variável em função das horas trabalhadas no mês. Isso, para os vigilantes, significaria um corte de cerca de 50% nos proventos além de perdas de direitos como o do 13º salário, férias, entre outros. Além do que isso significaria a total escravidão ao patrão pois o vigilante teria que ficar em casa à disposição para atender ao chamado do patrão para trabalhar apenas por algumas horas no dia que o patrão determinasse.
“Essa conversa de que patrão apoia trabalhador é falácia! Quem apoia trabalhador é o próprio trabalhador!” (Rodrigo Brito, Presidente da CUT Brasília)
A mesma luta é compartilhada por nossa categoria. TAEs e, principalmente, professoras/es são sistematicamente ameaçadas/os com o regime de trabalho por horas. A ideia é que o trabalho exercido só teria valor naquele curto momento de tempo em que estamos na sala de aula, desconsiderando-se todo o trabalho de apoio ao exercício do magistério. O mesmo ocorre com nossos companheiros vigilantes que, quando mensalistas, trabalham num regime de 12h/36h, tendo sua dignidade respeitada e condições minimamente adequadas para o árduo e necessário trabalho que desempenham.
O que os patrões querem é esvaziar ainda mais a humanidade dos trabalhadores. Isso seria rasgar todas as conquistas da categoria em mais de 38 anos de lutas e organização, desde a primeira greve ocorrida em 1979. A cláusula de proibição de horistas visa proteger os interesses de toda a categoria e assegurar a dignidade dos trabalhadores!
Paulo Quadros, Presidente do Sindicato dos Vigilantes do DF informou que, meses após o início de uma conturbada e exaustiva negociação, com intermediação do Ministério Público do Trabalho, os vigilantes fizeram valer a luta deles, ao dizer “não” ao horista no DF e decretarem por unanimidade a greve geral. Na mesma linha de luta, como destacou o Deputado Distrital Chico Vigilante, que também é membro da diretoria do Sindicato dos Vigilantes: “Essa é uma categoria que tem brilho no rosto, coragem, vergonha na cara e não tem medo de patrão. É uma categoria que não se dobra e não aceita picaretagem”.
Todas as vozes de trabalhadoras/es reunidas sob o SINASEFE-DF alinham-se à luta dos vigilantes do DF! O serviço de vigilância é fundamental para que possamos realizar nossas contribuições à comunidade como trabalhadoras/es da educação, a luta deles é a mesma que a nossa, por isso GRITAMOS JUNTO A NOSSOS COMPANHEIROS: NENHUM DIREITO A MENOS!
Nosso sindicato apoia irrestritamente a GREVE GERAL DE TODA A CATEGORIA DOS VIGILANTES POR TEMPO INDETERMINADO!
Source URL: https://sindesvdf.com.br/news/sinasefe-df-nota-de-apoio-a-greve-dos-vigilantes/
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