by admin | 27/11/2015 10:30
A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, realizou o Ato Solene requerido pela Senadora Vanessa Grazziotin “Congresso Nacional Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, no último dia 25 de novembro (Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher). Na ocasião, ocorreu lançamento do Blog da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher (mulheresnocongresso.com[1]) e o lançamento, no Congresso Nacional, do Mapa da Violência – 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, com a presença do Professor Júlio Jacob, responsável pela pesquisa. O Ato Solene é um dos eventos organizados pela bancada feminina do Congresso em alusão à campanha mundial “16 Dias de Ativismo, Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”. O evento ocorreu em um momento em que o Mapa da Violência acaba de ser divulgado, revelando que 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil e que houve um aumento expressivo do assassinato de mulheres negras.
Apesar de ser uma pauta que obteve avanços nos últimos anos, tanto no Brasil como no mundo, ainda é preciso falar e falar sobre esse assunto. Porque os números da violência doméstica e da violência sexual, que tem as mulheres como maiores vítimas, continuam muito altos e também porque temos que acrescentar dados sobre violência obstétrica, além de outras estruturas sociais perversas que atingem as mulheres como o racismo, a gordofobia e o capacitismo, a desigualdade de oportunidades e o assédio moral no trabalho. Ainda é preciso falar que a violência não é apenas física, mas também psicológica. Ainda é preciso questionar porque a Lei Maria da Penha, apesar de seus 8 anos de existência, ainda não protege as mulheres. Por que as mulheres devem mudar totalmente suas vidas, largarem empregos e irem para abrigos quando ameaçadas pela violência de um ex-companheiro? Como enxergamos a vítima e como o Estado pode agir para proteger as mulheres e dar-lhes segurança? Ainda é preciso dizer que saia curta não é razão para estupro. Ainda é preciso dizer que assédio em locais públicos também é violência. Ainda é preciso dizer que uma “cantada” muitas vezes é uma invasão, não importa a intenção. Ainda é preciso denunciar que violência não é tática de conquista. Ainda é preciso lutar para que os relacionamentos amorosos não sejam baseados na posse do outro. A violência é parte cotidiana da vida de muitas mulheres. Lutar para que a sociedade compreenda a gravidade dessa situação é uma das principais ações do movimento de mulheres. O que nós temos que fazer é construir alternativas de prevenção da violência através de uma educação não sexista, da auto-organização das mulheres e de como rever os papéis sociais de homens e mulheres na sociedade.
O SINDESV-DF REPUDIA TODO TIPO DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E TEM FEITO UM TRABALHO DE ASSISTÊNCIA PARA AS COMPANHEIRAS VIGILANTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA.
CABE A TODOS NÓS MUDAR ESSA TRISTE REALIDADE.
NÃO SE CALE DENUNCIE: LIGUE 180
(Central de atendimento à Mulher)
O Ligue 180 foi criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em 2005, para servir de canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o país (a ligação é gratuita).
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