Vigilante denuncia racismo: “Falou que eu era preta igual à minha bota”

by SINDESV-DF | 22/09/2020 14:01

Ofensas teriam ocorrido após cliente ser barrado em porta eletrônica de banco, em Rio Verde (GO). Caso foi registrado na Polícia Civil

A vigilante Vanice Pinheiro disse ter sido vítima de racismo por um cliente[1] na agência bancária em que trabalha, em Rio Verde, Goiás, na sexta-feira (18/9). As ofensas teriam ocorrido após a porta giratória impedir o acesso do rapaz. O caso foi registrado na Polícia Civil. As informações são do G1[2].

O homem teria se recusado a tirar os pertences do bolso. Assim, a porta giratória, que é automática, travou e impossibilitou a entrada.

Ele então teria atacado a vigilante verbalmente. “Ele estava alterado, mas eu estava fazendo o meu serviço. Se olhasse bem, estava falando lá que a porta trava sozinha. Eu nunca ia bater a porta na cara de ninguém. O pessoal todo ficou observando aqueles palavrões que ele falava”, explicou Vanice.

A vigilante afirma que foi ofendida por ser negra e, também, por ser mulher. “Ele falou [que eu era] encardida, uniforme sujo, bota suja, que minha cor era preta igual à minha bota”, contou.

A polícia ainda não conseguiu identificar o suspeito, mas informou que vai solicitar as imagens da agência para facilitar na identificação.

O caso foi registrado na Polícia Civil como injúria por preconceito. Caso seja condenado, o autor pode pegar de um a três anos de prisão.

O Itaú Unibanco informou que repudia qualquer tipo de ofensa, injúria ou descriminação e que está prestando o apoio necessário à investigação junto à empresa de segurança e às autoridades.

 

Fonte: Metrópoles

 

Endnotes:
  1. vítima de racismo por um cliente: https://www.metropoles.com/distrito-federal/mulher-diz-ter-sido-vitima-de-racismo-em-loja-de-shopping-no-df
  2. G1: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/09/22/vigilante-denuncia-que-foi-vitima-de-racismo-por-cliente-em-banco-de-rio-verde-disse-que-era-preta-igual-minha-bota.ghtml

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