Vigilantes acusam empresa do DF de reter pagamento de consignado

by admin | 03/08/2017 10:38

Funcionários da Ipanema dizem que tiveram nomes negativados mesmo com parcelas de empréstimo descontadas em folha.

Vigilantes da Ipanema Segurança que pegaram empréstimos consignados acusam a empresa de descontar os valores das parcelas dos contracheques e não repassá-los ao Banco de Brasília (BRB). O sindicato da categoria denuncia que, devido à situação, cerca de 500 profissionais estão com o nome sujo em órgãos como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Centralização de Serviços dos Bancos (Serasa).

Segundo o Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF), embora os profissionais estejam indignados, eles têm evitado subir o tom das reclamações pois temem sofrer represálias. Ainda assim, sobram relatos de problemas. “Eu já nem vou mais em lojas se tiver que fazer compra a prazo. Sei que será recusada e não quero passar vergonha. Isso é um absurdo, porque a dívida tem sido descontada do meu salário”, contou um vigilante.

Outro homem disse que a situação dele é ainda pior, pois não conseguiu um financiamento e, assim, foi impedido de comprar um imóvel por estar com o nome no SPC. “Eu trabalho na empresa há mais de 10 anos e nunca pensei que isso poderia acontecer. De repente, recebi uma carta avisando que meu nome estava sujo. Liguei para ver porque e descobri que o banco não recebeu as últimas quatro parcelas que eu tive descontadas do meu salário”, afirmou.

Um sem casa, outra sem carro
Uma trabalhadora disse à reportagem que tentou financiar um veículo usado, o que ajudaria no transporte de toda a família, mas, quando entregou a papelada para ter o crédito aprovado na uma financeira, recebeu a má notícia. “A gente está abrindo mão de vários sonhos por conta disso”, desabafou.

Segundo o Sindicato dos Vigilantes, relatos do gênero começaram no início do ano, mas se multiplicaram nos últimos três meses. “Os funcionários reclamam que, quando ligam na empresa e pedem para que a situação seja regularizada, a pessoa que atende diz que ‘é assim mesmo’, e ‘quem quiser que procure a Justiça’, denuncia Gilmar Rodrigues, secretário de imprensa do Sindesv-DF.

Fonte: Metrópoles

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