Há cerca de dois anos, os vigilantes garantiram em Convenção Coletiva o estabelecimento do piso da diária para trabalhadores da categoria que exercerem atividades esporádicas, como em eventos. Entretanto, esta regra não vem sendo cumprida nem pelo setor privado nem pelo público. O Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal – Sindesv-DF, filiado à CUT Brasília, denuncia a realidade e tenta agendar reunião com o governo local para solucionar a irregularidade nos eventos públicos locais.
De acordo com o secretário de Formação do Sindesv-DF, Edmilson Rodrigues, o descumprimento do piso de diárias ocorre principalmente por causa da quarteirização dos serviços de vigilância. “O governo contrata uma empresa de evento e esta empresa contrata outra da área de segurança. Neste processo, com lucros para vários intermediários, não sobra dinheiro para pagar corretamente os trabalhadores”, afirma. Segundo o dirigente sindical, “quando o serviço é quarteirizado, fica ainda mais difícil de averiguar se os trabalhadores são capacitados para exercer o serviço, assim como é mais difícil de coibir que os trabalhadores sejam lesados”.
Edmilson Rodrigues ainda diz que já solicitou uma reunião com os representantes do governo do DF, o sindicato patronal, as empresas de eventos para que as partes se comprometam a cumprir com a Convenção Coletiva. “Agora temos como fiscalizar os pagamentos dos trabalhadores que atuam em eventos. Antes era muito solto. Pagavam R$ 30, R$ 40, R$ 70 por diária. Não havia piso. Agora há uma regra. O vigilante que trabalhar em eventos deverá receber diária de R$ 112,00, no mínimo. O governo sabe que o problema existe e que ele precisa ser resolvido”, declara o dirigente do Sindicato dos Vigilantes.
Fonte: Secretaria de Comunicação da CUT Brasília