Intensa mobilização dos vigilantes do Metrô DF, com apoio de outras categorias solidárias à luta classista, garantiu reunião entre presidência da empresa, Ministério Público e trabalhadores para tratar da demissão em massaanunciada para o próximo dia 30 pela empresa de transportes. Mais de 100 vigilantes podem ser diretamente prejudicados com a medida. O Metrô tenta justificar o corte de custos, alegando que estão sendo contratados 30 agentes de segurança concursados.
Ao tomar conhecimento da situação, o Sindicato dos Vigilantes do DF (SINDESV-DF), realizou ato político na madrugada e manhã da última segunda-feira (7/3) na sede do Metrô no Distrito Federal, localizada na estação Águas Claras. Os trabalhadores participaram do protesto iniciado às 3h30 e só retomaram o trabalho às 8h, quando foi sinalizado que a diretoria do Metrô estaria disposta a dialogar. Outras categorias como rodoviários, comerciários, trabalhadores da limpeza urbana e lideranças sindicais da CUT Brasília estiveram presentes na mobilização.
“Mais de 100 pais e mães de família podem ficar sem emprego. Achamos que isso é um absurdo. Temos o compromisso de defender o trabalho. Além disso,entendemos que a presença dos vigilantes é fundamental no Metrô e não são substituíveis por agentes de segurança, uma vez que o serviço de vigilância possui recursos, funções e capacitação totalmente diferentes. Nos colocamos à disposição dos companheiros vigilantes e temos certeza que a união conquistará a vitória”, afirma o dirigente da CUT Brasília e do Sindicato dos Rodoviários, Marcos Junio Duarte.
De acordo com a presidência do Metrô, o Ministério Público recomendou a co
ntratação dos agentes de segurança, que já haviam sido aprovados em concurso público. Por isso, apenas o órgãopoderá deliberar sobre a demissão em massa. “Não somos contra a contratação dos agentes. Muito pelo contrário, se eles foram aprovados em concurso têm todo o direito de assumir, mas isso não pode ser usado como justificativa para a demissão dos trabalhadores que atualmente compõem o corpo de segurança do Metrô, garantindo a segurança do transporte e da população usuária”, explica Douglas de Almeida Cunha, secretário de Organização da CUT Brasília.
“O presidente do Metrô já enviou ofício ao Ministério e aguardamos a reunião para então deliberar sobre os próximos passos de mobilização da categoria. Se for necessário, realizaremos outros atos e paralisações em prol desses vigilantes. Essa é uma luta de todos nós”, afirma o vice-presidente do SINDESV-DF, Paulo Quadros.
Fonte: CUT Brasília