No último dia 6 de dezembro, Dia do Laço Branco, trabalhadores e trabalhadoras se uniram em um abraço coletivo na Casa da Mulher Brasileira, na Asa Norte, em Brasília, repudiando a violência contra a mulher. A casa, que estava desativada desde setembro depois de problemas na estrutura, finalmente será reaberta para o atendimento às vítimas de violência. A previsão é que dia 13 de dezembro volte a funcionar. Ainda de acordo com a coordenação da casa, a meta para o próximo ano é que o atendimento seja 24 horas.
A campanha faz parte dos “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, iniciada no último dia 20 de novembro. O Dia do Laço Branco pretende sensibilizar, envolver e mobilizar todos no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. Durante o ato na Casa da Mulher, representantes do sindicato dos bancários, comerciários, vigilantes, servidores do Detran, da educação e de outras categorias marcaram presença para repudiar a violência e pedir a volta dos atendimentos.
Para a trabalhadora Josefa Alves da Silva, desde sempre existe violência contra a mulher e ainda é preciso que muitas coisas mudem. “Hoje, a luta contra a violência contra mulher tem muita visibilidade. A Casa que atende essas vítimas também precisa ser valorizada. Por isso, viemos aqui reivindicar a volta do atendimento”, explicou.
Inaugurada em junho de 2015 pelo governo Dilma, a Casa da Mulher Brasileira foi desativada no governo golpista de Temer, deixando de atender as vítimas de violência. O espaço de 3.671 m2 divididos em seis blocos funcionais, contava com serviços de delegacia, juizado, defensoria pública, apoio psicossocial, abrigo para alojar mulheres vítimas de violência por até 48 horas e uma brinquedoteca com monitores para as crianças que acompanharem as mulheres.
Para a secretária de mulheres da CUT Brasília, Sônia de Queiroz, é importante mostrar e repudiar o aumento do número de mulheres que sofrem qualquer tipo de violência. “Precisamos que qualquer tipo de violência contra nós mulheres seja repudiada e combatida. E por isso, a Casa da Mulher Brasileira precisa estar funcionando dando esse suporte para as vítimas de atitudes covardes por parte dos homens”, explicou.
Fonte: CUT Brasília