Vigilantes acusam empresa do DF de reter pagamento de consignado

Funcionários da Ipanema dizem que tiveram nomes negativados mesmo com parcelas de empréstimo descontadas em folha.

Vigilantes da Ipanema Segurança que pegaram empréstimos consignados acusam a empresa de descontar os valores das parcelas dos contracheques e não repassá-los ao Banco de Brasília (BRB). O sindicato da categoria denuncia que, devido à situação, cerca de 500 profissionais estão com o nome sujo em órgãos como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Centralização de Serviços dos Bancos (Serasa).

Segundo o Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv-DF), embora os profissionais estejam indignados, eles têm evitado subir o tom das reclamações pois temem sofrer represálias. Ainda assim, sobram relatos de problemas. “Eu já nem vou mais em lojas se tiver que fazer compra a prazo. Sei que será recusada e não quero passar vergonha. Isso é um absurdo, porque a dívida tem sido descontada do meu salário”, contou um vigilante.

Outro homem disse que a situação dele é ainda pior, pois não conseguiu um financiamento e, assim, foi impedido de comprar um imóvel por estar com o nome no SPC. “Eu trabalho na empresa há mais de 10 anos e nunca pensei que isso poderia acontecer. De repente, recebi uma carta avisando que meu nome estava sujo. Liguei para ver porque e descobri que o banco não recebeu as últimas quatro parcelas que eu tive descontadas do meu salário”, afirmou.

Um sem casa, outra sem carro
Uma trabalhadora disse à reportagem que tentou financiar um veículo usado, o que ajudaria no transporte de toda a família, mas, quando entregou a papelada para ter o crédito aprovado na uma financeira, recebeu a má notícia. “A gente está abrindo mão de vários sonhos por conta disso”, desabafou.

Segundo o Sindicato dos Vigilantes, relatos do gênero começaram no início do ano, mas se multiplicaram nos últimos três meses. “Os funcionários reclamam que, quando ligam na empresa e pedem para que a situação seja regularizada, a pessoa que atende diz que ‘é assim mesmo’, e ‘quem quiser que procure a Justiça’, denuncia Gilmar Rodrigues, secretário de imprensa do Sindesv-DF.

Fonte: Metrópoles

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