Às 14 horas desta quarta, 22 de março/2023, teve início a audiência agendada pelo Tribunal Regional do Trabalho para encerramento das negociações de conciliação. Depois desta fase, a alternativa era, ou greve, ou Dissídio Coletivo, ou as duas coisas para alcançarmos algum avanço.
O presidente do Sindicato Patronal e seus advogados chegaram às 14h em ponto e já vieram com proposta: estavam abrindo mão de mexer nas cláusulas intocáveis, mas queriam negociar pelo IPCA, com índice de 5,79%. Não aceitamos e cobramos o reajuste pelo INPC, que é de 5,93%, e o embate durou algum tempo em que as partes não chegavam a um acordo. Então, o presidente do TRT 10 apresentou uma proposta intermediária de reajuste de 5,85%, chegando a um consenso entre as partes depois de muita negociação.
O pagamento do retroativo demorou para ter um consenso entre os Sindicatos Laboral e Patronal. De início, os patrões queriam pagar a partir de julho, chegando quase ao final do ano. Não aceitamos e após muita negociação, chegamos à seguinte proposta: pagamento do retroativo dos meses de janeiro, fevereiro e março de uma única vez na competência do mês de julho e que será pago no quinto dia útil de agosto.
Como já estamos quase ao final do mês de março, o reajuste de 5,85% será aplicado a partir do salário de abril com pagamento no quinto dia útil de maio.
DISSÍDIO COLETIVO PODERIA NOS FAVORECER OU TRAZER PREJUÍZO: UMA FACA DE DOIS GUMES
Aceitamos a proposta do presidente do TRT 10, Desembargador Alexandre Nery de Oliveira, pois o Dissídio Coletivo é sempre uma interrogação. Depende muito de quem julga, poderíamos ganhar mais ou perder muito.
Considerando muitas questões que estão em jogo, como o tíquete, o retroativo, que poderíamos perder, pois a CCT anterior vencida em 31/12/2022, só foi estendida por mais trinta dias e já estava vencida desde o início de março. Analisando que o Dissídio poderia se estender por todo este semestre e quem sabe até no outro, achamos por bem não arriscar e garantir todos os nossos direitos e conquistas.
PLANO DE SAÚDE
Apenas o plano de saúde ficou de fora do reajuste. O Sindicato Patronal alegou que teria grande dificuldade de mexer em contratos e lembrou que, na campanha salarial 2022, os vigilantes tiveram reajuste no plano de saúde no início do ano e o mesmo foi reajustado apenas no final do ano. E assim será em 2023 com reajuste somente no final deste ano.
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