Policiais da Força Nacional no DF terão de atuar como vigilantes. Entenda

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Pelo menos 36 vigilantes teriam sido dispensados do serviço que realizavam na sede do Distrito Federal da Força Nacional, situada no Gama. De acordo com o Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv), todos os funcionários que estavam no local já estão cumprindo aviso-prévio, e os cargos que ficarão vagos devem ser ocupados por membros da própria Força Nacional.

Ainda segundo a entidade sindical, os 36 guardas darão lugar a 144 policiais, devido a uma regra para a jornada de trabalho dos integrantes da força.

“Nos quartéis há uma norma que, a cada hora trabalhada em serviço de guarda, os militares descansam três horas. Em uma jornada de 12 horas, o policial trabalha três horas por dia e descansa nove. O vigilante trabalha 12 horas seguidas, com salário de pouco mais de R$ 3 mil. Já o policial da guarda nacional ganha de salário aqui no DF, em média, R$ 8 mil. Para substituir os 36 vigilantes demitidos, considerando a jornada dos militares, são necessários 144 policiais da guarda nacional”, explica nota do Sindesv.

A categoria ainda reclama que a substituição seria um mau uso da Força Nacional, uma vez que policiais com treinamento de elite estariam fazendo serviços de vigias. “Se tiver uma rebelião na Papuda, por exemplo, os policiais terão de se deslocar para lá, deixando o quartel desprovido de segurança. Portanto, qual a lógica dessa substituição?”, questiona Paulo Quadros, presidente do Sindesv-DF.

Como funciona a Força Nacional

A Força Nacional de Segurança Pública, criada em 2004, tem o efetivo composto por bombeiros, policiais civis, militares e peritos. O objetivo é atuar na preservação da ordem pública, na segurança de pessoas e de patrimônio e em emergências e calamidades públicas.

O Ministério de Justiça e Segurança Pública é o órgão responsável pela Força Nacional. Na base do Gama, os militares passam pelo treinamento chamado Instrução de Nivelamento de Conhecimento. São 30 dias em que os aspirantes conhecem os tipos de armamento e de operações para depois serem lançados nas operações específicas.

O Sindesv pediu reunião com o ministro da Justiça, Flávio Dino, a fim de tratar do assunto. O Metrópoles esperou posicionamento sobre o assunto do MJ por dois dias, mas a pasta não respondeu.

Fonte: Metrópoles

 

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