Oposição protesta, mas Senado aprova urgência da reforma trabalhista

 

Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e a oposição protestaram e pediram a suspensão da tramitação do projeto

A oposição insistiu na suspensão do projeto, argumentando que o presidente Michel Temer está sendo denunciado pela Procuradoria-Geral da República. “Ele pode não ser presidente daqui a 15 dias. Estamos discutindo uma reforma trabalhista aceitando um acordo com esse presidente”, disse o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ). A bancada governista conseguiu manter o texto como aprovado na Câmara, para agilizar a tramitação, e afirma que Temer mandará medida provisória “corrigindo” alguns pontos.

Segundo Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), há uma “unanimidade” na Casa quanto à necessidade de promover mudanças no texto. “Não há uma alma neste Senado Federal, uma senadora, um senador, que tenha coragem de defender o projeto na íntegra”, afirmou.

Ela voltou a criticar o relator nas comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que “simplesmente abriu mão de sua tarefa e passou a recomendar ao presidente da República que promovesse alguns vetos e editasse medidas provisórias”. Segundo a senadora, na carta-compromisso encaminhada na semana passada Temer “apenas enrola”.

“Esse projeto não vai gerar um emprego a mais”, disse Lindbergh. “Criamos 22 milhões de empregos com essa legislação”, acrescentou. “Só a base do governo apresentou 85 emendas”, lembrou Paulo Paim (PT-RS).

Fonte: Rede Brasil Atual

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