Desde o dia 1º de abril, todos os quartéis do Corpo de Bombeiros do DF passaram a ter vigilantes de empresas terceirizadas. Segundo a direção da corporação, a implementação é para minimizar um déficit de militares existentes.
O trabalho de vigilância terceirizada vai substituir o serviço atualmente realizado pelos próprios bombeiros em todos os quartéis. Serão 88 postos de vigilância que vão empregar 176 vigilantes contratados pelas empresas Brasfort e Multserv através de termo aditivo junto ao GDF. O contrato foi firmado pela Secretaria de Economia no valor de dezoito milhões de reais ao ano.
As empresas terceirizadas vão colocar os vigilantes dos quartéis onde os militares trabalham. As justificativas para a mudança foram expostas em um projeto elaborado pela corporação em que é apresentado que, atualmente, nos quartéis, o bombeiro do departamento de comunicações é quem acumula função de controlador de entrada e saída com a comunicação do socorro. Ainda segundo o projeto, com o contrato, o Corpo de Bombeiros pretende diminuir o déficit de 3.424 profissionais e empregar os bombeiros em outras atividades consideradas essenciais para a comunidade e cuidar do patrimônio dos quartéis principalmente quando todo o efetivo que compõe o trem de socorro é deslocado para a ocorrência.
O projeto aponta que um militar adjunto, que ocupa a função de comandante da guarda, vai fiscalizar os serviços de vigilância terceirizada enquanto um outro bombeiro ocupará a função de auxiliar. Já os vigilantes ficarão responsáveis pelo controle de entrada e saída de veículos, pessoas e pelo monitoramento do quartel.
Inicialmente a troca passará por uma fase de testes durante 60 dias. Depois desse período a corporação deve elaborar um regulamento de serviços gerais interno dos quartéis e avaliar se será preciso fazer mudanças no projeto. Segundo a comandante geral do Corpo de Bombeiros, Mônica de Mesquita, cerca de 1.500 militares estão indo para a reserva, causando uma redução no contingente de militares à disposição do Corpo de Bombeiros. Hoje, o déficit de militares na corporação ultrapassa os três mil profissionais. Desta forma, a medida é necessária para otimizar o trabalho do grupo de militares da corporação.
A direção do Sindicato dos Vigilantes do DF apoia essa substituição e comemora a abertura de novas frentes de trabalho, lembrando que a eficiência, o compromisso e o profissionalismo estão levando os vigilantes a outros patamares.